Lembro-me claramente da vez em que acordei às 5h da manhã para fechar mais uma revisão antes da prova do IBGE. Eu estava ansioso, com um caderno cheio de mapas mentais e uma pilha de provas antigas ao lado. Na minha jornada, aprendi que passar em um concurso do IBGE não é só decorar leis — é entender o estilo das provas, organizar o tempo e manter a disciplina nos pequenos hábitos diários.
Neste artigo você encontrará um guia completo e humanizado sobre concurso IBGE: quem pode concorrer, cargos mais comuns, conteúdo exigido, estratégias de estudo testadas por quem viveu isso, cronograma sugerido, materiais recomendados, como acompanhar editais e onde se inscrever. Ao final, respostas rápidas às dúvidas mais frequentes e uma chamada para você compartilhar sua experiência.
Por que prestar concurso IBGE?
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) oferece vagas em diferentes níveis — desde recenseador até analista e técnico — com regimes temporários ou efetivos, dependendo do edital. Muitos escolhem o IBGE pela estabilidade (em cargos efetivos), oportunidade de trabalhar com dados que impactam políticas públicas e possibilidade de atuar em diversos municípios do país.
Quais são os cargos mais comuns?
- Recenseador — geralmente contrato temporário para operações censitárias, jornada por produção;
- Agente Censitário Municipal (ACM) e Agente Censitário Supervisor (ACS) — coordenação local do trabalho censitário;
- Agente Censitário Administrativo (ACA) — funções de apoio administrativo;
- Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas — nível médio, atuação técnica;
- Analista (diversas especialidades) — nível superior, competências específicas como estatística, geografia, TI, entre outras.
Como é a prova do IBGE? — entendendo o formato
Os editais variam conforme a organizadora (Cebraspe/CEBRASPE, FGV, etc.), mas algumas características são recorrentes:
- Provas objetivas com questões de múltipla escolha ou certo/errado;
- Conteúdos básicos: Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico/Matemática, Noções de Informática, Conhecimentos Gerais/Atualidades;
- Conhecimentos específicos conforme o cargo (Estatística, Geografia, Sociologia, entre outros);
- Provas discursivas para cargos de nível superior, dependendo do edital;
- Etapas práticas ou de títulos em alguns cargos.
O que estudar: matriz de conteúdo prática
Se você quer focar no essencial, comece por essa lista prática:
- Língua Portuguesa: interpretação de texto, concordância, regência, ortografia e coesão;
- Raciocínio Lógico e Matemática: porcentagens, regra de três, lógica proposicional, problemas simples;
- Noções de Informática: Windows, pacote Office (Word, Excel), navegação e segurança básica;
- Atualidades: economia básica, estatísticas oficiais, políticas públicas — acompanhar notícias e comunicados do IBGE;
- Conhecimentos específicos: estatística básica (médias, desvios, amostragem), geoprocessamento (para cargos técnicos), legislação do IBGE quando exigida.
Estratégia de estudo comprovada (minha experiência)
Na minha preparação pratiquei o que descrevo abaixo — funcionou porque equilibra teoria, prática e revisão.
Plano de 3 meses (para quem já tem base)
- Semana 1–4: revisar Português e Raciocínio Lógico — 2h/dia; fazer questões antigas;
- Semana 5–8: Noções de Informática e Conhecimentos Específicos — 2h/dia; simulados semanais;
- Semana 9–12: resolver provas completas em tempo real; revisar erros e consolidar mapas mentais;
- Domingo: revisão leve e leitura de atualidades (30–60 min).
Rotina diária prática
- Manhã (1–2h): conteúdo mais pesado (Português/Estatística);
- Tarde (1h): exercícios práticos e revisão de erros;
- Noite (30–45min): leitura de atualidades e mapas mentais.
Ferramentas e materiais recomendados
- Provas anteriores do IBGE — são ouro. Procure no site do IBGE e na página da organizadora do concurso.
- Plataformas de questões (qconcursos, TEC Concursos, etc.) para treinar;
- Livros de Português e Raciocínio Lógico para concursos — escolha materiais focados em interpretação e resolução rápida;
- Cursos online e videoaulas específicas para o edital (se for possível financiar, prefira instituições com boa reputação);
- Aplicativos de flashcards para revisar termos e conceitos;
- Planilhas para cronograma de estudos e controle de acertos/erros.
Como interpretar um edital do IBGE (passo a passo)
- Leia o quadro de vagas e cargos — confira requisitos e lotação;
- Verifique a organizadora — saber o estilo da banca é crucial;
- Observe as datas: inscrição, isenção, prova, recurso;
- Analise o conteúdo programático detalhado — é seu mapa de estudos;
- Cheque o quadro de salários e benefícios e o regime de contratação;
- Salve o edital e as retificações em PDF e crie alertas de mudança.
Dicas práticas para o dia da prova
- Durma bem na véspera — descanso é tão importante quanto estudo;
- Chegue com antecedência ao local de prova e leve documentos e canetas conforme instruções;
- Faça uma leitura rápida da prova e resolva primeiro as questões que sabe com certeza;
- Se a banca for CEBRASPE (correção por certo/errado com anulação por erro), evite chutes arriscados;
- Gerencie o tempo: não passe muito tempo em apenas uma questão.
Erros comuns que você deve evitar
- Estudar sem cronograma — isso leva à ansiedade e ao conteúdo mal distribuído;
- Não treinar com provas anteriores da mesma banca;
- Memorizar sem entender — especialmente estatística e lógica;
- Negligenciar a revisão — 20% do tempo deve ser dedicado a revisar conteúdos já estudados.
Onde acompanhar editais e fazer inscrição
- Site oficial do IBGE — para comunicados e informações institucionais: https://www.ibge.gov.br/
- Site da organizadora do concurso (ex.: CEBRASPE, FGV) — inscrição e publicações do edital;
- Diário Oficial da União (DOU) — publicações oficiais;
- Portais de notícia confiáveis e páginas especializadas em concursos para alertas.
Medição de progresso — como saber se você está no caminho certo
Faça simulados mensais e compare sua pontuação; se, após 2 simulados completos, você não melhorar ao menos 10% na taxa de acerto, ajuste sua estratégia (mude material, foque em pontos fracos, aumente revisão).
FAQ rápido — dúvidas que sempre aparecem
1. Preciso de formação específica para concorrer?
Depende do cargo. Cargos como recenseador exigem, muitas vezes, apenas ensino fundamental; analista exige nível superior. Verifique o edital.
2. Qual a idade máxima para concorrer?
Não costuma existir idade máxima para a maioria dos cargos, desde que se atenda aos requisitos do edital (formação, experiência quando exigida).
3. Como saber qual banca organizadora fará a prova?
O edital indica a banca responsável. Bancas comuns para IBGE incluem CEBRASPE e FGV.
4. Vale a pena investir em curso preparatório?
Se você precisa de estrutura e disciplina, sim. Mas cursos complementares não substituem prática com provas antigas.
5. Qual o melhor prazo para começar a estudar?
Quanto antes, melhor. Idealmente, planeje entre 3 a 6 meses de preparação focada para quem já tem alguma base; para iniciantes, 6–12 meses é mais realista.
Conclusão
Passar em um concurso IBGE é 50% técnica e 50% rotina. Entender o formato da prova, praticar com provas anteriores e organizar um cronograma realista são passos não negociáveis. Lembre-se: pequenos hábitos diários (revisão, resolução de questões, leitura de atualidades) fazem a diferença na soma final.
Se você está começando agora, escolha um plano realista, foque nas matérias com maior peso e pratique simulados. Se já está estudando há algum tempo, revise sua estratégia com base nas suas maiores dificuldades e nos padrões das bancas.
E você, qual foi sua maior dificuldade com concurso IBGE? Compartilhe sua experiência nos comentários abaixo!
Fonte consultada: site oficial do IBGE (https://www.ibge.gov.br/) e páginas das bancas organizadoras (https://www.cebraspe.org.br/, https://www.fgv.br/). Para notícias e atualizações sobre concursos e editais, acompanhe veículos de grande autoridade como G1: https://g1.globo.com/
