Lembro-me claramente da vez em que falhei na prova objetiva de um concurso por causa de uma questão de porcentagem que eu havia deixado de treinar. Era ironicamente simples: eu sabia a técnica, mas no dia da prova meu cérebro travou. Na minha jornada, aprendi que talento não basta — é preciso método, prática deliberada e rotina pensada para concursos. Desde então, desenvolvi rotinas e estratégias que me ajudaram a passar em provas com matemática exigente e hoje compartilho tudo aqui para você.
Neste artigo você vai aprender: por onde começar na matemática para concursos, quais tópicos priorizar, técnicas de estudo comprovadas, um plano de estudos prático (30/60/90 dias), exercícios e recursos recomendados, erros comuns e respostas rápidas às dúvidas mais frequentes.
Por que muitos candidatos têm dificuldade com matemática para concursos?
Você já se sentiu bloqueado diante de uma conta que parece óbvia depois? A matemática para concursos não é só conhecimento — é hábito e controle emocional.
- Falta de prática com itens típicos de concursos.
- Estudo irregular e sem revisão (o esquecimento é real).
- Medo de errar e ansiedade no dia da prova.
- Desconhecimento do estilo da banca (CESPE/Cebraspe, FCC, FGV etc.).
O que realmente funciona: princípios que uso e recomendo
Eu testei várias abordagens. Funciona melhor quando você combina estes elementos:
- Prática distribuída (spaced repetition): revisar tópicos em intervalos crescentes evita o esquecimento.
- Prática deliberada: resolver questões com objetivo (identificar ponto fraco, testar uma técnica, cronometrar).
- Erro como conteúdo: manter um caderno de erros e revisá-lo semanalmente.
- Simulados cronometrados: treino sob pressão reproduz o dia da prova.
- Foco no edital: prioridade aos conteúdos exigidos pela banca do seu concurso.
Principais tópicos de matemática para concursos (prioridade)
Cada edital manda, mas estes tópicos são recorrentes e valem foco:
- Porcentagem, juros simples e compostos, desconto comercial/ racional.
- Regra de três, proporcionalidade, razão e proporção.
- Média, moda, mediana e noções básicas de estatística.
- Equações do 1º e 2º grau, sistemas e inequações.
- Progressões aritméticas e geométricas.
- Problemas com porcentagem aplicada a situações práticas (financeiras, aumento/redução).
- Geometria básica: perímetro, área, volume e semelhança de triângulos.
- Raciocínio lógico-matemático (formatos CESPE, FCC etc.).
Plano de estudos prático (modelo 90 dias)
Este plano é adaptável; ajuste conforme o seu edital e tempo disponível.
Fase 1 — 0 a 30 dias: Fundamentos e rotina
- Objetivo: revisar bases e mapear erros.
- Dia a dia: 1 hora de teoria + 1 hora de exercícios (5x por semana).
- Atividades: lista de fórmulas, resolução de 20 questões antigas por semana, montar caderno de erros.
Fase 2 — 31 a 60 dias: Intensificação e técnicas
- Objetivo: automatizar técnicas e ganhar velocidade.
- Dia a dia: 1,5–2 horas de exercícios + 30 min revisão de erros (6x por semana).
- Atividades: simulados semanais cronometrados, exercícios de cálculo mental, flashcards de fórmulas.
Fase 3 — 61 a 90 dias: Simulados e refinamento
- Objetivo: condicionamento para o dia da prova.
- Dia a dia: 2–3 horas com ênfase em simulados e correção detalhada.
- Atividades: 2 simulados grandes por semana, revisão intensiva do caderno de erros, treino de gestão de tempo.
Técnicas de estudo que explicam o porquê (o mecanismo)
Não adianta só seguir receitas. Veja porque cada técnica funciona:
- Repetição espaçada: combate a curva do esquecimento — revisar em intervalos fortalece memória de longo prazo.
- Resolução ativa: fazer questões força a recuperação ativa, mais eficiente que releitura passiva.
- Desconstrução de questões: analisar gabarito e refazer passo a passo mostra padrões e armadilhas das bancas.
- Simulados cronometrados: acostumam o cérebro à pressão e melhoram a tomada de decisão (quando poupar tempo, quando arriscar).
Erros comuns e como evitá-los
- Estudar fórmulas sem aplicar: sempre faça exercícios após aprender uma fórmula.
- Ignorar o edital: priorize o que a banca pede, não o que “parece importante”.
- Não corrigir questões: erro não corrigido vira padrão. Revise até entender a razão do erro.
- Treinar só questões fáceis: misture níveis e inclua questões de provas anteriores.
Como agir no dia da prova: roteiro prático
- Leia todo o caderno rapidamente e marque as questões fáceis primeiro.
- Responda o que domina sem calcular demais — ganhe pontos rápidos.
- Para questões que exigem cálculo longo: escreva passos e marque para revisão; volte se sobrar tempo.
- Se a banca penaliza erro (como CESPE/Cebraspe em alguns editais), seja conservador nas apostas.
Recursos e ferramentas recomendadas
Use recursos confiáveis e diversificados:
- Khan Academy (matemática em português) — aulas para reforçar conceitos básicos: https://pt.khanacademy.org
- Estratégia Concursos — banco de questões e planejamento para concursos: https://www.estrategiaconcursos.com.br/
- Anki — flashcards para revisar fórmulas e conceitos com spaced repetition: https://apps.ankiweb.net/
- GeoGebra — visualização interativa para geometria: https://www.geogebra.org/
- Sites das bancas (CESPE/Cebraspe, FCC, FGV) — resolva provas anteriores no site oficial da banca.
Dicas rápidas de cálculo mental e atalhos
- Multiplicações por 5: x5 = x * 10 / 2 — simples para contas rápidas.
- Porcentagem: 10% é dividir por 10; para 15% = 10% + metade de 10%.
- Juros compostos: sempre identifique se o enunciado pede taxa efetiva ou nominal (atenção ao período).
Perguntas frequentes (FAQ rápido)
Quanto tempo devo estudar matemática por dia?
Depende do seu nível. Iniciantes: 1–2 horas diárias. Intermediários/avançados: 2–4 horas, combinando teoria e resolução.
Devo priorizar vídeo-aula ou resolver questões?
Os dois. Use videoaula para entender conceitos e exercícios para fixar. Priorize exercícios quando estiver perto da prova.
Como lidar com ansiedade durante a prova?
Pratique simulações sob cronômetro e técnicas de respiração. Treinar reduz o nervosismo no dia.
Qual a melhor banca para treinar?
Treine com a banca do seu edital. Se não houver banca definida, use CESPE/Cebraspe e FCC como referência para estilo e dificuldade.
Resumo final
Matemática para concursos é disciplina de hábito: pratique com intenção, revise estrategicamente e priorize o edital. Use cadernos de erros, simulados cronometrados e ferramentas digitais para acelerar a fixação. Com método, você vai transformar pontos fracos em pontos certos.
FAQ rápido final e CTA
Tem uma dúvida curta? Confira abaixo e comente se quiser que eu responda com mais detalhes.
- E você, qual foi sua maior dificuldade com matemática para concursos? Compartilhe sua experiência nos comentários abaixo!
Fonte utilizada como referência: G1 — portal de notícias (https://g1.globo.com). Outros recursos citados: Khan Academy, Estratégia Concursos.