A proteção veicular é uma alternativa de cobertura para proprietários de veículos que busca se diferenciar dos seguros tradicionais. Funciona com base no princípio de rateio, onde todos os associados contribuem para um fundo comum que será utilizado para cobrir eventuais sinistros. Esta modalidade não é considerada um seguro no sentido técnico e legal, e sim um mecanismo de proteção mútua entre os membros da associação ou cooperativa. Vamos entender mais sobre o funcionamento da proteção veicular.
Adesão e Contribuição Mensal: Para aderir a uma proteção veicular, o proprietário do veículo precisa se tornar membro de uma associação ou cooperativa que ofereça esse serviço. Geralmente, é cobrada uma taxa de adesão e, em seguida, o membro passa a contribuir com um valor mensal. Esse valor é determinado por uma série de fatores, como o tipo de veículo, a área de circulação e o histórico de sinistros da associação.
Gestão de Recursos: As contribuições mensais dos membros formam um fundo coletivo. Esse fundo é gerenciado pela associação e destinado ao pagamento dos sinistros, manutenção da estrutura operacional e, em alguns casos, reservas para sinistros maiores.
Cobertura: A proteção veicular normalmente oferece cobertura para roubo, furto, colisão e, em alguns casos, danos causados por fenômenos naturais como enchentes e granizo. Também pode oferecer assistência 24 horas, que inclui serviços como reboque, troca de pneus e chaveiro.
Processo de Sinistro: Quando ocorre um sinistro, o associado deve comunicar o ocorrido à associação, que irá avaliar a situação conforme as regras estabelecidas. Se o sinistro estiver coberto pela proteção, a associação utiliza o fundo coletivo para reparar o veículo ou indenizar o membro, conforme cada caso.
Vantagens: Uma das principais vantagens da proteção veicular é a possibilidade de valores mensais mais acessíveis, especialmente para perfis de alto risco que, em seguros tradicionais, teriam prêmios muito elevados. Além disso, o processo de adesão costuma ser mais simples e menos burocrático do que o das seguradoras tradicionais.
Desvantagens: Como o sistema de proteção veicular é baseado no rateio, em meses de muitos sinistros, pode haver a necessidade de um aporte adicional dos associados para cobrir os custos. Além disso, essas associações não são regulamentadas pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), o que significa que não há um órgão governamental assegurando a solvência da associação.
Considerações Legais e Regulatórias: A proteção veicular não é um seguro e, portanto, não segue as mesmas regulamentações que as seguradoras. É importante verificar a credibilidade e a solidez da associação ou cooperativa antes de aderir ao serviço.
Transparência e Governança: Uma boa associação deve oferecer transparência em suas operações e boa governança, com prestação clara de contas e comunicação efetiva com os associados.
Conclusão: A proteção veicular pode ser uma solução interessante para muitos motoristas, mas é essencial que se entenda completamente seu funcionamento, os riscos envolvidos e a reputação da associação que oferece a cobertura. Recomenda-se sempre ler atentamente o contrato e esclarecer todas as dúvidas antes de se tornar um associado para assegurar que suas expectativas quanto à proteção se alinhem com as práticas da associação.
