Mitologia do Tarô: As Origens Surpreendentes das Cartas Mais Incompreendidas do Mundo

Explorando o Significado Evolutivo do Tarot

A relação entre historiadores e leitores de tarot é complexa, especialmente no que se refere às origens e ao propósito dessas cartas. O significado do tarot não é fixo; ele evolui com o tempo, refletindo as culturas e as necessidades de cada era. Caitlín Matthews, especialista em cartomancia, destaca que, antes do século XVIII, as imagens nas cartas eram amplamente acessíveis. Em contraste, muitos baralhos modernos, segundo ela, podem ser excessivamente esotéricos ou superficiais, dificultando a conexão dos usuários com eles. Para explorar a rica tapeçaria de símbolos e mitos presentes no tarot e descobrir como essas cartas podem iluminar sua jornada pessoal, visite o Tarot BH.

Esse contraste ressalta como o tarot continua a ser uma prática viva e mutável, influenciada tanto pelo passado quanto pelo presente.

A história das cartas de tarô é fascinante e multifacetada. Inicialmente introduzidas na Europa como cartas de jogo no século XIV, elas evoluíram de simples meios de entretenimento para ferramentas de adivinhação e misticismo. Este desenvolvimento começou na Itália com os “tarocchi appropriati”, onde os jogadores associavam cartas tiradas ao acaso a versos poéticos, refletindo uma transição das cartas de jogo para símbolos mais profundos e introspectivos. O baralho de tarô típico, como conhecemos hoje, se estrutura em 78 cartas, que incluem os naipes tradicionais e os trunfos, oferecendo uma rica tapeçaria de simbolismo que continua a ser explorado e reinterpretado.

Fonte de reprodução: Youtube Thiago Anselmo

Bill Wolf, designer gráfico e artista formado pela Cooper Union em Nova York, tem uma perspectiva única sobre a origem das cartas de tarô. Segundo Wolf, que não usa as cartas para adivinhação, as imagens iniciais dos tarôs refletiam a mecânica do jogo, onde cada sorteio aleatório das cartas gerava uma nova narrativa, similar a um jogo de “escolha sua própria aventura”. Ele explica que as imagens representavam aspectos do mundo real dos jogadores, incorporando o simbolismo cristão prevalente na época. Com o tempo, à medida que o tarô ganhou popularidade para uso divinatório, as ilustrações começaram a refletir intenções mais esotéricas, mantendo, no entanto, a estrutura tradicional de quatro naipes e as cartas de trunfo.

Mesmo que você não esteja familiarizado com o tarô, talvez já tenha ouvido falar do baralho Rider-Waite, um dos mais populares e impresso continuamente desde 1909. Criado pelo editor William Rider e pelo místico A.E. Waite, que contratou Pamela Colman Smith para ilustrar as cartas, este baralho marcou o início do tarô ocultista do século XX. O Rider-Waite é notável porque suas cartas de pip são ilustradas com cenas que incorporam elementos dos naipes, contando uma história através das imagens, facilitando aos leitores a interpretação intuitiva das leituras. A popularidade deste baralho cresceu significativamente nos anos 70, quando Stuart Kaplan adquiriu os direitos de publicação e o introduziu a um público mais amplo com seu livro “Tarot Cards for Fun and Fortune Telling”, escrevendo mais obras sobre o assunto posteriormente.

Uma Jornada Mística através de Símbolos e Mitos
Uma Jornada Mística através de Símbolos e Mitos

Embora historiadores como Kaplan e Matthews publiquem regularmente novas descobertas sobre os baralhos de tarô, ainda existem muitas incertezas na história completa das cartas de adivinhação. Wolf observa que há um considerável atrito entre os historiadores de tarô e os tarólogos sobre as origens e o propósito inicial das cartas. Segundo ele, as evidências sugerem que as cartas foram inicialmente criadas para jogos e só mais tarde foram adaptadas para a adivinhação. Ele defende que, apesar de inicialmente destinadas a jogos, o design das cartas era mais sofisticado do que muitos acreditam.

Os primeiros baralhos conhecidos não foram concebidos com o misticismo em mente, mas sim para um jogo parecido com o bridge moderno. No entanto, no século XVIII, a interpretação mística das cartas começou a se espalhar pela Europa. Na França, Antoine Court de Gébelin alegou que o tarô tinha origens em textos sagrados egípcios, uma teoria que se provou inexacta mas que influenciou grandemente a percepção do tarô. Jean-Baptiste Alliette, também conhecido como Etteilla, foi um dos primeiros a escrever sobre o tarô como uma ferramenta de adivinhação, desenvolvendo um baralho especial para esse fim.

Uma Jornada Mística através de Símbolos e Mitos
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